Papa Doce: empresa do ramo alimentar não paga salários há dois meses, apesar de recorrer ao lay off
A Papa Doce, empresa de comércio e fabrico de produtos alimentares, sobremesas, bolos e gelados, colocou em lay off, no passado dia 9 de abril, os 27 funcionários que trabalham na sua sede, na Amadora. Segundo as denúncias que recebemos, apesar de ter acionado o mecanismo de lay off, a empresa não pagou o salário de março e falhou também o pagamento relativo ao mês de abril.
As denúncias relatam que a administração da empresa justifica o atraso no pagamento dos salários com dificuldades em transferir dinheiro de Angola para Portugal. No entanto, este relatos asseguram que alguns fornecedores foram pagos entre 31 de março e 9 de abril, tendo chegado matérias primas à empresa nesse período. Os funcionários foram entretanto chamados à empresa, no passado dia 4 de maio, tendo recebido uma carta a informar da prorrogação do lay off até ao fim do mês, mas sem nenhuma resposta sobre quando iriam receber os salários em atraso.
Nas últimas semanas, multiplicam-se as situações em que as empresas, apesar de estarem a beneficiar de apoios públicos, supostamente destinados a assegurar a sua continuidade e a manutenção do emprego, não cumprem com as suas obrigações perante os trabalhadores e as trabalhadoras.
A Papa Doce, cuja atividade teve início em 1995, além da sede na Amadora, tem delegações no Porto, em Coimbra e em Setúbal. Neste momento, além de representações na Madeira e no Açores, está presente em países como Espanha, Angola e Moçambique.