
Loomis avança para despedimento coletivo de 30 trabalhadores, descarta dirigentes sindicais e mantém trabalho extraordinário
A Loomis, empresa do setor da vigilância privada dedicada ao transporte de valores, avançou para o despedimento coletivo de 30 trabalhadores. Justificando com os efeitos da crise sanitária, a administração da Loomis decidiu ainda encerrar a delegação de Coimbra, onde se integram 13 funcionários. O Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD) classifica este despedimento como injusto e garante que os trabalhadores são necessários para assegurar os serviços que a empresa está a desenvolver. O STAD acusa a empresa de, à boleia da pandemia, ter outros objetivos e de estar a dar um “perigoso sinal anti-sindical”, uma vez que o despedimento “envolve o dirigente e o delegado sindical e vários trabalhadores reivindicativos”. O sindicato assinala ainda que este despedimento ocorre depois da empresa ter recorrido ao “lay off simplificado”, ou seja, depois de ter beneficiado durante meses dos apoios públicos para a manutenção do emprego.
Segundo denúncias que recebemos, confirmadas pelo STAD, enquanto decorre o processo de despedimento coletivo, os trabalhadores continuam a cumprir trabalho extraordinário. Ao solicitar horas adicionais de trabalho, a Loomis torna claro que estes funcionários estão a assegurar necessidades permanentes e que o despedimento é injusto e injustificado.
O STAD opôs-se ao despedimento nas reuniões de negociação com a empresa e agendou uma concentração de protesto contra este despedimento coletivo, que terá lugar no próximo dia 4 de dezembro em frente à sede nacional da Loomis, em Linda-a-Velha.
A Loomis é uma empresa pertencente à multinacional sueca Securitas. Em Portugal, com atividade desde 2008, conta com cerca de 400 trabalhadores, tendo delegações em Lisboa, Porto, Faro, Funchal, tendo agora encerrado a delegação de Coimbra.