EFCIS: empresa de climatização recusa adotar regime de teletrabalho
O Grupo EFCIS, com sede localizada na Amadora, está a recusar a passagem ao teletrabalho a todos os seus trabalhadores. De acordo com as denúncias que nos chegaram, a administração não está a permitir o trabalho à distância, apesar das funções o permitirem. Esta recusa contraria as claras determinações para este período de combate à pandemia e, em particular, as medidas mais rigorosas em vigor desde 15 de janeiro, sendo obrigatória a adopção do regime de teletrabalho sempre que as funções em causa o permitam e o trabalhador disponha de condições para as exercer, não sendo necessário acordo escrito entre empregador e trabalhador.
A quase totalidade dos trabalhadores da empresa cumprem funções administrativas, compatíveis com o teletrabalho. Aliás, estes e estas profissionais estiveram em teletrabalho entre abril e maio de 2020, na primeira fase da crise sanitária, numa clara demonstração de que existem os meios técnicos e condições para realizar o trabalho a partir de suas casas. Assim, ao contrário do que aconteceu durante o confinamento geral de 2020, neste momento, com uma situação epidemiológica muito mais grave, a empresa mantém-se a laborar como se o contexto fosse normal, colocando os seus funcionários em risco e violando as medidas de combate à pandemia para todo o território continental.
As denúncias que recebemos relatam ainda que, apesar de serem fornecidas máscaras e álcool gel nas instalações da empresa, há salas superlotadas, com 8 a 12 trabalhadores em simultâneo numa área relativamente curta, o que coloca em risco a segurança e a saúde destes trabalhadores. Acresce que não há desfasamento de horários, nem alternância de dias de trabalho presencial.
De acordo com a informação publicada no seu site, a EFCIS, S.A., criada em 1989, é uma empresa dedicada ao mercado de Ar Condicionado e Frio Industrial, com presença também em Angola, Moçambique e Cabo Verde, quer na área de Industrial de Climatização, quer na área doméstica.