Italfarmaco nega teletrabalho a delegados de informação médica
A administração do Grupo Italfarmaco está a negar a passagem a teletrabalho aos delegados de informação médica da empresa, de acordo com denúncias que recebemos. Segundo os relatos, as funções são compatíveis com o teletrabalho, tendo este regime sido implementado pela empresa aquando das primeiras medidas de proteção no início da crise sanitária. Esta recusa de passagem a teletrabalho afeta cerca de 300 trabalhadores que, por todo o país, se deslocam todos os dias para visitar médicos a hospitais, centros de saúde e clínicas. Neste momento não há qualquer tipo de agendamento, os delegados deslocam-se aos locais, procurando encontrar-se com os profissionais de saúde.
No período de confinamento de 2020, o exercício das funções em teletrabalho foi assegurado através da comunicação com os médicos por videochamadas e mensagens. Ainda assim, os trabalhadores tiveram sempre de utilizar os seus equipamentos pessoais, uma vez que a empresa não forneceu computadores nem acesso à internet. Neste momento, em total desrespeito pelas determinações legais que estabelecem regras para o combate à pandemia, ainda mais rigorosas desde o passado dia 15 de janeiro, o Grupo Italfarmaco obriga os seus delegados de informação médica a estar na rua e a fazer deslocações por todo o território.
O Grupo Italfarmaco, presente em Portugal desde 1999, é uma multinacional farmacêutica italiana fundada em 1938, com unidades em vários países europeus e na América Latina.