A administração do grupo JJW Hotels & Resorts, que detém várias unidades de luxo no Algarve, está a dever três meses de salário e os subsídios de férias e natal do ano passado aos cerca de 340 funcionários. O atraso no pagamento de salários começou logo no início da pandemia, como aqui denunciámos, persistindo desde então. Perante a gravidade da situação e as “promessas nunca cumpridas de regularização da situação”, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve marcou já 3 dias de greve para 16, 17 e 18 de abril. O sindicato denuncia ainda a “ação intimidatória” da administração para tentar impedir o plenário em que a greve foi decidida, realizado no passado dia 31 em frente às instalações de uma das unidades do grupo.

Segundo denúncias que recebemos, além da persistência dos salários em atraso, desde o início da pandemia já terão sido dispensados mais uma centena de trabalhadores e trabalhadoras. Os relatos falam ainda de um clima de chantagem e ameaça permanente, em que a administração tenta impedir a exigência e a tomada de medidas para a regularização dos salários.

O grupo hoteleiro JJW Hotels & Resorts é detido por Mohamed Bin Issa Al Jaber, que em Portugal inclui o Hotel Penina & Golf Resort (Alvor, Portimão), o Hotel Dona Filipa (Vale do Lobo, Loulé), o Formosa Park (Ancão) e campos de golfe de San Lorenzo e Pinheiros Altos, na Quinta do Lago (Almancil, Loulé).