SUCH introduz intermediária e reduz subsídio de alimentação a trabalhadoras da limpeza hospitalar

SUCH introduz intermediária e reduz subsídio de alimentação a trabalhadoras da limpeza hospitalar

4 de Maio, 2021 0

As trabalhadoras do SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais estão a sofrer cortes no subsídio de alimentação. Esta situação está a atingir as trabalhadoras dos centros hospitalares de Almada (Garcia da Orta), Coimbra (Universidade, Covões, Pediátrico, Maternidade Daniel de Matos e Instituto Maternal Bissaya Barreto) e Viseu/Tondela. Os cortes foram impostos na sequência da decisão da administração da SUCH de subcontratar à empresa Talenter a prestação de serviços de limpeza hospitalar nestas unidades, a partir de janeiro de 2021. As trabalhadoras recebiam, há vários anos, até à subcontratação da Talenter, um subsídio de almoço no valor de €3,5, independentemente do horário que cumpriam em cada dia. A empresa está agora a diminuir o valor do subsídio de alimentação, de forma proporcional ao horário desempenhado em cada dia.

O STAD, sindicato que representa estas trabalhadoras, afirma que estes cortes são totalmente injustificados e inesperados, atingindo profissionais que estão na linha da frente do combate à pandemia. O sindicato sublinha que foram dadas garantias pela administração do SUCH de que não haveria qualquer alteração dos direitos destas trabalhadoras com a subcontratação da Talenter. Estas trabalhadoras estiveram em greve na passada segunda-feira, dia 3 de maio, tendo realizado uma concentração de protesto em frente ao Ministério da Saúde.

Vivalda Silva, dirigente do STAD, denunciou a subcontratação como uma forma de impor cortes salariais, a retirada de direitos e a precariedade na empresa: “O SUCH fez uma subempreitada à empresa Talenter, esta empresa a partir de fevereiro/março começou a retirar direitos aos trabalhadores: reduziu o subsídio de alimentação de 3,50 para três euros, reduziu o trabalho em tempo extraordinário nos feriados, em vez de pagar em 200%, como sempre foi, pagou a 100% e está, inclusive, a contratar trabalhadores só para trabalhar no fim de semana e nos feriados”.

Ver também notícia Esquerda Net: Trabalhadoras da limpeza dos hospitais lutam contra cortes e precariedade