No call center da MEO no Porto, que funciona no Edifício Altice na zona da Boavista, não estão a ser cumpridas as mais elementares regras de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho preconizadas pela Direção Geral de Saúde. Tal como acontece em muitos call centers desde o início da crise sanitária, continua o trabalho presencial, apesar dos riscos. Os trabalhadores que não foram selecionados para teletrabalho continuam a a partilhar equipamentos de outros turnos, sem higienização,  as salas não têm ventilação, apenas é dado álcool com gel aos trabalhadores.

É uma obrigação dos empregadores assegurarem aos trabalhadores condições de saúde e segurança no trabalho, algo ainda mais importante na situação que vivemos e num dos distritos com maior incidência de casos de coronavirus. No caso presente contexto, é dever das empresas aprovarem e aplicarem um Plano de Contingência que siga as orientações da Direção Geral da Saúde e que deve prever as seguintes dimensões: i) estabelecer um espaço de isolamento na empresa; ii) procedimentos específicos de comunicação de riscos, de identificação de casos e de higienização individual e dos espaços; iii) a disponibilização aos trabalhadores de solução antisséptica de base alcoólica; iv) a disponibilização de máscaras cirúrgicas para os trabalhadores que manifestem sintomas e para quem lhes preste assistência; v) os procedimentos a adotar em caso da identificação de um caso suspeito.