O Grupo Portugália, a centenária empresa com dezenas de unidades de restauração espalhadas pelo país, encerrou no passado dia 16 de março todos os seus estabelecimentos, anunciando esta decisão como uma medida preventiva. No entanto, ainda antes de encerrar as cervejarias da sua rede, a empresa aproveitou este contexto para despedir dezenas de trabalhadores com contratos a prazo e para impor férias forçadas a centenas de funcionários e funcionárias, segundo denúncia do Sindicato de Hotelaria do Sul.

No seu site, a empresa promete respeitar os direitos dos seus trabalhadores e trabalhadoras: “acreditamos que em primeiro lugar devemos dar apoio aos nossos colaboradores que se encontram em situações de vulnerabilidade (social, económica ou familiar)”. Perante a dificuldade, ainda antes das medidas mais restritivas de contenção estarem em vigor, já a empresa estava a despedir os seus trabalhadores mais vulneráveis, com contratos precários por sua decisão, e a obrigar ao gozo de férias sem acordo e à margem da lei.