Homing despede precários e fica a dever salários

Homing despede precários e fica a dever salários

6 de Abril, 2020 0

A Homing, empresa portuguesa no setor imobiliário, segundo denúncias que recebemos, está a despedir trabalhadores precários e a faltar com parte do pagamento dos salários. A empresa tinha até esta decisão cerca de 200 trabalhadores e trabalhadoras em Portugal. No entanto, segundo os relatos que nos chegaram, apenas uma pequena parte destas pessoas tem contrato com a empresa, estando as restantes com vínculos precários, nomeadamente a falsos recibos verdes. Ainda durante o mês de março, dizem as denúncias, a entidade patronal “dispensou” alguns destes precários. Além de atirar estas pessoas para o desemprego, a empresa impôs um corte nos salários relativos ao mês de março, ao decidir arbitrariamente fazer um cálculo para pagar apenas os dias trabalhados. Nesta situação estão, por exemplo, as trabalhadoras de limpeza dos alojamentos locais que apenas receberam €300. As denúncias dizem que estas decisões da empresa pode estar a envolver cerca de 100 trabalhadores e trabalhadoras.

Perante a generalização dos despedimentos à margem da lei e de toda a espécie de abusos patronais, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) tem de atuar imediatamente. Algo que é ainda mais relevante, tendo em conta os poderes reforçados que estão conferidos à ACT neste período. Travar esta onda de abusos é uma verdadeira emergência.

O Homing Group tem negócios nas áreas do alojamento local, da gestão de propriedades e do investimento imobiliário e rentabilização de imóveis. A sua rede de imóveis está presente em Lisboa, Algarve, Porto, Paris, Barcelona e Londres. Só em Lisboa, segundo notícia da Visão no dia 29 de Abril 2019, a empresa “gere mais de 150 unidades que equivalem a um património de capital imobiliário avaliado em cerca de 200 milhões de euros”.