A administração da Lusocargo decidiu, no mês de março, não renovar contratos de trabalho a prazo de mais de uma dezena de trabalhadores nas suas instalações no Porto. Segundo as denúncias que recebemos, alguns destes trabalhadores já tinham visto renovações anteriores dos seus contratos e estariam agora perto de ficar efetivos.

Além da decisão de despedir precários, ainda mais reprovável na situação crítica que vivemos, as denúncias relatam-nos que a empresa tem abusado dos seus trabalhadores e das suas trabalhadoras, nomeadamente dos setores administrativos. Numa primeira fase, devido ao surto pandémico, colocou parte dos funcionários em regime de teletrabalho, mas, de acordo com os relatos que recebemos, acabou por impor, de forma unilateral, o gozo de férias de férias forçadas a estas pessoas, numa prática que configura um desrespeito pela legislação laboral.

A Lusocargo define-se a si própria como o maior transitário português. A empresa tem instalações no Porto, Águeda, Loures, Pombal e Waalijk, Holanda, contando com cerca de 300 trabalhadores e trabalhadoras.