
Ladyvest avança com despedimento coletivo na Maia
A Ladyvest, empresa de confeção de vestuário, situada na Maia, Porto, vai avançar com despedimento coletivo de 11 trabalhadores, segundo denúncias que recebemos. A decisão terá sido comunicada a estes trabalhadores, por carta, a 8 de abril. A administração da empresa, que já vem pagando os salários com atraso nos últimos meses, reuniu no dia 23 de março com os trabalhadores, tendo transmitido que não tinha dinheiro para salários e não havia trabalho, mas que não iria pedir insolvência e que ficaria à espera de eventuais apoios públicos, deixando aos trabalhadores a decisão quanto ao seu futuro, não dando sequer documentos para pedir o subsídio de desemprego.
Numa carta enviada aos trabalhadores, a 5 de abril, a administração impõe férias sem acordo, unilateralmente e de forma explícita: “Estimada colaborador/a, atendendo ao facto de os nossos clientes terem adiado os envios das encomendas que estamos a concluir, e não termos outras para iniciar, a gerência da Ladyvest, no intuito de minorar os efeitos nocivos provocados por parte dos nossos clientes, devido a atual conjuntura, decidiu trocar os dias marcados para férias de 28, 29, 30 e 31 de dezembro”.
As denúncias que nos chegaram relatam-nos que a entidade patronal mantém uma permanente pressão sobre os trabalhadores, tentando transmitir um sentimento de impunidade, dado que este tipo de conduta abusiva é já uma prática antiga nesta mesma fábrica e área de negócio, mas com outro nome ou marca.