Os trabalhadores subcontratados do call center da REN Portgás, no Porto, estão a ser a obrigados a tirar dias de férias sem acordo, segundo denúncias que nos chegaram. Além desta imposição, a administração do call center negou a passagem a teletrabalho. Estes profissionais são intermediados pela Manpower, empresa multinacional do negócio do trabalho temporário.

A imposição de férias forçadas e sem acordo dos trabalhadores é uma prática irregular e que se está a tornar uma das marcas do abuso laboral nestas semanas em que se vive uma situação crítica, em particular nas empresas de maior dimensão. A REN Portgás junta-se, assim, a uma já longa lista da irresponsabilidade patronal em tempo de pandemia, negando direitos laborais elementares, com a agravante de ser uma empresa a quem está concessionado um serviço público.

A REN Portgás, recordamos, tem a concessão do serviço de distribuição de gás natural em 29 concelhos da região litoral norte, pertencentes aos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo. A Área Metropolitana do Porto constituiu a zona de desenvolvimento inicial da empresa, a partir da qual a rede de distribuição tem crescido progressivamente, procurando atingir a cobertura total da concessão.