O ginásio Be In Shape, em Évora, com cerca de 15 trabalhadores e trabalhadoras, segundo denúncias que recebemos, está a impor abusivamente a prestação de trabalho sem pagamento de salário. As denúncias dizem-nos que a empresa pressionou os e as profissionais em situação precária a aceitarem, por escrito, horário de trabalho que não será pago, para realização de aulas à distância enquanto as instalações se mantêm encerradas. Esta chantagem, referem os relatos, faz-se com base na ameaça de perderem o trabalho, sendo sugerido que a aceitação desta imposição é uma condição para manterem os postos de trabalho após o regresso ao funcionamento normal. Um dos trabalhadores rescindiu o contrato com a entidade patronal, por não aceitar a exploração imposta pela empresa. Os restantes trabalhadores aceitaram, com receio de serem despedidos.

Os abusos patronais multiplicam-se. A pressão para que trabalhadores e trabalhadoras aceitem prescindir de direitos elementares é muito forte e, com o adensar da crise, poderá ainda aumentar. A Autoridade para as Condições do Trabalho tem de atuar em tempo, para pôr cobro estes abusos.