
Renault Cacia: depois de encerrar com férias e banco de horas forçadas, vai entrar em lay off
A Renault Cacia, empresa sediada em Aveiro com mais de 1400 trabalhadores, impôs a paragem forçada de todos os trabalhadores entre 18 a 29 de março, forçando a bolsa de horas e marcação de férias não desejadas. Foram 4 dias em cada uma destas modalidades, para o conjunto dos trabalhadores. Uma das denúncias que nos chegou garante que “vários trabalhadores do turno fim-de-semana não foram sequer informados da decisão, ficando a saber da mesma via comunicação social”, indicando a imposição da empresa.
A administração da fábrica decidiu agora avançar para o lay off, que terá início no dia 1 de Abril. Denúncias de trabalhadores asseguram-nos que a empresa está a comunicar a não renovação de contratos de trabalho temporários, o que poderá afectar cerca de 200 trabalhadores precários. O novo “lay off simplificado” está a revelar-se uma fuga fácil para as empresas, que dispensam os trabalhadores precários sem qualquer justificação nem condicionalismo no acesso ao apoio público, utilizando ainda esse apoio para gerir a imposição de abusos laborais.
Esta empresa produz componentes para a indústria automóvel para o grupo Renault desde 1981, sendo uma das mais importantes empresas da região de Aveiro. Nos últimos anos, tem anunciado fortes lucros, que ascenderam a mais de 16 milhões de euros em 2017 e 2018.