Cerca de um terço dos trabalhadores e das trabalhadoras do call center da Teleperformance em Vila Nova de Gaia viu recusada a renovação dos seus contratos de trabalho. Segundo as denúncias que nos chegaram, os contratos eram formalmente a Emprecede, a empresa de trabalho temporário que a Teleperformance usa para intermediar e se descartar de responsabilidades diretas com os seus trabalhadores, mantendo simultaneamente todo o negócio no seu âmbito.

A Teleperformance, já conhecida pela política de baixos salários e pela precariedade, passará a ser também conhecida por obrigar os seus trabalhadores a trabalharem presencialmente, enquanto dirigentes e chefias, devido aos riscos que a presente pandemia comportam, ficam – e bem – em casa. Não houve qualquer adaptação dos locais de trabalho pelo que continua a haver concentração de trabalhadores e risco para a sua saúde.

A Teleperformance sempre desprezou os seus trabalhadores pagando baixos salários, mantendo regimes precários, impondo ritmos e horários de trabalho insuportáveis, hoje despreza a saúde dos seus trabalhadores, das respetivas famílias e da sociedade como um todo.