Trabalhadores que fazem o contacto com clientes da TAP, em call center da Altice em Coimbra, intermediados pela Egor foram despedidos durante o período experimental sem pré-aviso. Estes despedimentos aconteceram apesar do pico de trabalho, que obriga as trabalhadoras e trabalhadores a garantir o atendimento da TAP para além do seu horário normal.

Parte dos trabalhadores que asseguravam este atendimento e a quem não tinham sido garantidas as condições para fazer teletrabalho, receberam as cartas de despedimento, sem indicar a justificação do mesmo, apenas algumas horas depois de contactos telefónicos com a Egor, pedindo que aguardassem indicações, uma vez que “o cliente” ainda não tinha dito como proceder. Nos call centers da Altice, dias antes destes despedimentos, estavam a ser criadas novas turmas de formação. Quem faz os atendimentos da TAP chega a atender mais e cem chamadas diárias e os clientes aguardam dias pelo atendimento desta empresa.

Esta denúncia, publicada no dia 28 de março pela Plataforma Resposta Solidária, refere ainda um comunicado da Egor, de dia 16 de março, em que a empresa afirma estar “a tomar medidas e a dedicar todos os esforços para garantir que as nossas equipas trabalhem nas melhores condições e segurança possíveis e garantir que continuam a funcionar com a qualidade que queremos que continue a ser a marca distintiva da EGOR.”