A FNAC de Viseu despediu todos os trabalhadores e trabalhadoras cujos contratos se encontravam em período experimental. A decisão, executada logo nos primeiros dias da crise epidémica, foi comunicada através de carta em que se anunciava a “denúncia do contrato de trabalho no período experimental”. Os trabalhadores foram surpreendidos com esta comunicação quando se encontravam em casa, depois de a empresa ter imposto unilateralmente a entrada em período de férias forçadas. Acresce que a empresa não cumpriu o prazo de aviso prévio estipulado nos próprios contratos, que prevêem que “caso o Empregador pretenda denunciar o presente contrato, deverá observar um aviso prévio de 7 ou 15 dias” (conforme o período experimental se tenha iniciado há pelo menos 60 ou 120 dias, respectivamente). A denúncia, publicada na Plataforma Resposta Solidária a 23 de Março, fala ainda na imposição de férias forçadas aos trabalhadores efectivos. Esta decisão choca ainda mais tendo em conta que se trata de um grande grupo económico multinacional do retalho: o grupo FNAC Darty, que detém as lojas FNAC, anunciou recentemente um lucro de 114 milhões de euros em 2019.