A Climbing Planet, empresa que gere vários equipamentos de entretenimento no Centro Comercial UBBO, na Amadora, segundo denúncias que recebemos, despediu cerca de uma centena de trabalhadores no passado mês de março. Estes funcionários, com contratos de trabalho temporário com a intermediária Kelly Services, trabalhavam no parque temático Kidzania, na sala de jogo em realidade virtual Zero Latency e no parque 7Fun. As atividades nestes equipamentos foram suspensas no passado dia 13 de março, como medida de contenção da pandemia. Na altura, a empresa informou os trabalhadores da previsão de reabrir os serviços a 1 ou 17 de abril. Contudo, bem antes disso, a 19 de Março, os trabalhadores começaram a ser despedidos por email, simplesmente justificando com a cessação do contrato entre a Climbing Planet e a Kelly Services “por ausência de atividade devido ao Covid-19”. Alguns relatos falam no incumprimento do devido aviso prévio.

Ficam assim no desemprego cerca de 100 trabalhadores. E, segundo os relatos, não foram ainda pagas as horas extra para aqueles que não cederam à pressão, que ambas as empresas fizeram, para que assinassem uma adenda a justificar essas horas como período normal de trabalho. Ao recorrer ao trabalho temporário e a empresas intermediárias, a Climbing Planet usa a precariedade para dispor dos trabalhadores ao sabor da sua melhor conveniência, como se fossem material descartável, dispensando-se das obrigações que deveria cumprir se assumisse as suas responsabilidades e respeitasse os direitos laborais.

A Climbing Planet é uma empresa espanhola fundada em 1999. Gere o parque Kidzania e detém, desde 2015, a 7FUN, que tem vindo a abrir centros de entretenimento, maioritariamente em centros comerciais. É também detentora dos direitos de exploração do centro Zero Latency em funcionamento desde 2017 na Amadora.