Santa Casa da Misericórdia de Bragança: educadoras obrigadas a trabalho adicional, depois de férias forçadas

Santa Casa da Misericórdia de Bragança: educadoras obrigadas a trabalho adicional, depois de férias forçadas

1 de Julho, 2020 0

A direcção da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, segundo denúncias que recebemos, está a impor horários alargados a educadoras de Jardim de Infância da instituição. Segundo os relatos, esta situação está a afetar 12 profissionais, que estão a ser obrigadas, desde o passado mês de maio, a desempenhar cerca de 1 hora e 30 minutos de trabalho adicional diariamente. O horário de trabalho das educadoras é entre as 9h e as 12h30 e as 14h e as 17h30. Ora, segundo o que nos foi relatado, as profissionais estão a ser forçadas a garantir a abertura da escola (a partir das 7h45), passando a agora, a partir deste mês de julho, a ter de assegurar o fecho (até às 19h).

Segundos os mesmos relatos, antes desta situação, ainda durante o passado mês de abril, estas mesmas educadoras foram forçadas a tirar férias. A imposição das supostas férias teve lugar quando estas profissionais se encontravam ainda em teletrabalho, abrangendo o momento em que deveria começar o 3º período letivo. Após as férias forçadas, as profissionais regressaram ao trabalho presencial. As chefias trataram de garantir uma aparente legalidade desta imposição, ordenando às trabalhadoras, sob ameaça velada, a assinatura de um suposto acordo para o gozo de férias naquele período. Foi-nos ainda transmitido que, apesar de terem sido feitas queixas junto da Autoridade para as Condições do Trabalho, aquele organismo terá respondido que não era possível atuar devido à existência do suposto acordo.

As denúncias relatam um contexto em que há um forte desânimo e revolta entre as profissionais, que se sentem desrespeitadas pela direcção da Santa Casa da Misericórdia de Bragança. Um dos relatos diz mesmo que algumas profissionais comentam que “nunca foram tão maltratadas” em várias décadas de atividade profissional.