A administração da Haertha, empresa de Águeda especializada em tratamento térmico de aços, segundo denúncias que recebemos, está a impor trabalho presencial a pessoas pertencentes a grupos de risco. As mesmas denúncias referem que a empresa tem motoristas que, pelas suas funções, tem contacto com vários interlocutores externos, sendo que esses profissionais têm contacto com todos os funcionários, o que representa um risco acrescido para os trabalhadores em situação mais vulnerável. Além de recusar a passagem a teletrabalho destes funcionários, a gerência não aplicou outras medidas relevantes de prevenção no contexto de risco sanitário, como o estabelecimento de horários desfasados para diminuir a concentração de pessoas em simultâneo nas instalações. Os relatos referem também que, na Tenderness Capacity, outra empresa do grupo, perante a situação de suspeita de contágio por Covid-19 de uma das funcionárias, que teve realizar o respectivo teste, a administração, embora informada deste facto, não tomou nenhuma medida e manteve a funcionária no seu posto de trabalho e em contacto com os restantes trabalhadores.

As denúncias referem ainda que a administração não está a respeitar as regras relativas à marcação de férias. Os dias de férias são marcados arbitrariamente pela gerência e não foi ainda afixado o mapa de férias referente a 2020, numa clara violação da lei laboral, que obriga a que tal aconteça até 15 de abril de cada ano. Devido a esta falta grave, os trabalhadores não sabem se os dias marcados estão aprovados ou não, com todas as consequências que daí resultam.

A Haertha, fundada em 2005, dedica-se a vários tipos de serviços relacionados com o tratamento térmico de aços. Integra o grupo Aluport, do qual faz parte também a Tenderness Capacity, ambas com instalações em Águeda.