A administração do grupo de Madureira’s, que gere várias unidades de restauração no distrito do Porto, segundo denúncias que recebemos, está a recusar a passagem a teletrabalho aos funcionários que desempenham as suas funções nos escritórios da empresa, em Rio Tinto. Segundo os relatos, estão em causa 12 profissionais a quem está a ser imposto o trabalho presencial, apesar das funções serem compatíveis com o trabalho à distância. Ao obrigar estes funcionários a continuar a trabalhar nas instalações da empresa, a administração está a contrariar as determinações previstas no atual período de combate à pandemia, nomeadamente as medidas mais rigorosas em vigor desde 15 de janeiro, sendo obrigatória a adopção do regime de teletrabalho sempre que as funções em causa o permitam e o trabalhador disponha de condições para as exercer, sem ser necessário acordo entre empregador e trabalhador.

As denúncias relatam ainda que estes funcionários estiveram em teletrabalho logo no início da crise sanitária, a partir de março de 2020 e até ser superada a fase inicial de combate à pandemia, o que, segundo os relatos, é visto pelos trabalhadores como uma clara demonstração de que as funções são compatíveis e que existem condições para, também agora, trabalhar a partir das suas casas.

O grupo Madureira’s, a operar desde 1969, detém 17 unidades de restauração e hotelaria no distrito do Porto, nos concelhos de Gaia, Gondomar, Matosinhos, Porto e Rio Tinto.